Tratamento Dependência Quimica

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Internação de Dependentes Quimicos

Internação Involuntária

Internação Involuntária
Internação Involuntária Drogas e Àlcool - Quando uma pessoa não quer se internar voluntariamente, pode-se recorrer à internação involuntária ou à internação compulsória. São dois tipos diferentes de internação. Portanto, não use os termos involuntário, compulsório ou forçado indistintamente.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Fatores individuais de risco e de proteção ao uso de drogas


Embora este tema ainda seja alvo de muitos estudos de autores que o pesquisam, pelo fato de que a relação de fatores individuais de risco que ocasionam o uso de drogas por adolescentes, se combinados entre si, poderão atingir a mais de setenta possibilidades. Para agravar este fato, os pesquisadores ainda estão estudando outras correlações entre os vários fatores já conhecidos, com a finalidade de se chegar a um provável consenso sobre o uso de drogas pelos jovens.

Os principais fatores que levam os jovens ao uso de drogas são de três tipos:

Fatores de risco naturais
Fatores de risco do meio ambiente
Fatores ligados a eventos e experiências da vida.

FATORES DE RISCO NATURAIS

Características de personalidade do usuário, ou atributos pessoais: indivíduos que começam a usar álcool e tabaco desde cedo possuem maior tendência a usarem drogas em suas juventudes, são os chamados adolescentes-problema, que podem ser caracterizados por:

Terem baixo autocontrole.
Elevados níveis de procura de novidades.
Facilidade de assumir riscos.
Excesso de raiva.
História de vida com eventos adversos.
Excesso de tolerância familiar por desvios de comportamento, excesso de independência.
Afeto negativo familiar.

Violência e agressividade: jovens indivíduos que se envolvem em:

Agressões.
Pichações.
Porte ilegal de armas.
Pequenos roubos.
Alunos que abandonam a escola.

Possuem maior tendência a se envolverem com o uso de drogas, que aqueles que não têm estas características. Estas características de violência, de agressividade e de atributos pessoais de adolescentes-problemas são notadas nos portadores de Transtorno de Conduta.

Fatores psicopatológicos: jovens e adolescentes que sofrem de transtornos psiquiátricos dos tipos abaixo citados tendem a usar drogas mais cedo e de forma mais compulsiva que jovens normais.

Depressão maior.
Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
Transtorno bipolar.
Transtornos de ansiedade.
Transtorno Borderline.
Tentativas de suicídio.
Transtornos de conduta.
Transtorno de personalidade antissocial.
Transtorno desafiador-opositor.

Existem estudos atuais que indicam que o uso de uma determinada droga pode servir como automedicação para um indivíduo que apresente algum dos distúrbios acima citados, como, por exemplo, uma depressão maior, com o uso de álcool.

Uso precoce de substâncias psicoativas: aqueles que se iniciam cedo no uso de drogas chegam mais rápido ao uso de substâncias psicoativas mais pesadas como a cocaína, a heroína, o LSD e o Ecstasy. Kandel chama este fato de “teoria da porta de entrada às drogas”.

Fatores genéticos: alguns autores citam que o alcoolismo pode ter base genética, pois é frequente o caso de famílias nas quais mais de um de seus membros é alcoolista pesado. Existem importantes evidências notadas em famílias de origem oriental como japoneses, chineses e coreanos, nas quais uma variante genética de uma das enzimas envolvidas no metabolismo do álcool, a enzima chamada aldeído desidrogenase, é responsável pela síndrome do flushing ou rubor facial, que se manifesta logo após a ingestão de álcool.

FATORES DE RISCO DO MEIO AMBIENTE OU FATORES SOCIAIS

O grupo social no qual o adolescente está incluído: se os amigos usam drogas, há mais perigo que o jovem venha a cair em tentação de experimentá-las, seguindo o exemplo de seus parceiros. A droga parece servir de aglutinador social para alguns adolescentes, os quais se drogam para fazer parte do grupo de amigos, seja este formado de colegas da escola, de clube ou da vizinhança.
           
A influência para o uso de substâncias proibidas vem dos amigos e do grupo social ao qual o jovem adere, sendo superior àquela influência que os pais e familiares podem dar a seus filhos para que não usem drogas.

Uso de substâncias pelos pais, irmãos e demais familiares: aqueles jovens cujos familiares já usam substâncias têm mais oportunidades de acesso às drogas e menos rigor familiar para com o uso inicial de cigarros e álcool, fato que pode levá-los mais cedo ao uso de outras drogas.
Problemas familiares do tipo de divórcio ou separação dos pais: lares com apenas um dos membros, pouco tempo que os pais dedicam à criação dos filhos, desemprego paterno, violência doméstica, e maus tratos aos filhos, favorecem o aparecimento de um núcleo familiar desestruturado, e, a procura do alívio pelos filhos problemáticos através do uso de drogas.
Eventos e experiências da vida são importantes aqueles fatos que atingem a vida do adolescente do tipo de: gravidez precoce, adoções mal resolvidas na infância, tentativas de violência sexual provocadas por parentes ou amigos da família.
Ser sem-teto e passar fome, ser menino de rua nas grandes cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro ou Recife são fatores dos mais importantes que levam os meninos e adolescentes miseráveis às drogas e ao tráfico.


FATORES DE PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS

Em se tratando de fatores de proteção, isto é, aqueles fatores que inibem ou impedem que os jovens venham a ter acesso ao mundo das drogas, é importante que sejam citados:

Família
Escola
Religiosidade familiar


Adolescentes com fortes laços familiares envolvem-se menos com amigos íntimos usuários de drogas, do que aqueles cujas famílias não conversam entre seus membros e possuem exemplos negativos dos pais, que fumam, bebem e usam medicamentos de forma abusiva.
Adolescentes com compromissos educacionais importantes, que se dedicam à escola de forma correta, que cumprem suas obrigações e tarefas escolares, não se envolvem com o consumo de bebidas, tabaco e outras formas de agressão.
Adolescentes com religião e elevado índice de religiosidade. Estudos realizados nos Estados Unidos provam que os asiáticos americanos e os protestantes praticantes daquele país consomem muito menos álcool que os americanos católicos e protestantes mais liberais. Estes resultados levam à conclusão de que a educação religiosa e a religiosidade também são importantes fatores de proteção ao uso de drogas. Uma máxima americana diz que: jovem que vai à igreja, não precisa de drogas.
Oferta menor de drogas que seria conseguida pelo combate ao tráfico doméstico e internacional de drogas, não pode ser levada em conta em nosso país, pois mesmo as sociedades mais avançadas, como a americana e a europeia ocidental, até hoje não conseguiram diminuir a oferta de drogas em seus territórios.
Autoestima formada por um adolescente desde cedo, com o auxílio de sua família e dos seus, é um sentimento positivo de segurança e de bem-estar de todas as pessoas, e logicamente dos jovens. Estes quando possuem auto-estima normal, lidam melhor com as pressões dos amigos e de seus grupos sociais, para não se envolverem em ações comprometedoras de seus futuros, como o uso de drogas. No entanto, se, mesmo assim, experimentam drogas, possuem maior capacidade de parar com o uso, caso realmente se proponham a tanto.


A presença cumulativa de fatores de proteção, em muito favorece a manutenção e níveis reduzidos de uso de drogas pelos adolescentes.

Outra conclusão significativa à qual chegaram os estudiosos dos fatores de risco e de proteção ao uso de drogas é que se estes fatores acontecerem em certos períodos da vida dos jovens, a exemplo da passagem da infância para a adolescência, o jovem corre riscos menores de uso de drogas.

INFLUÊNCIAS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Quanto aos meios de comunicação, sua ligação comercial com os grandes anunciantes de bebidas e cigarros, as propagandas dirigidas ao público jovem, de modo aberto ou mesmo subliminar, colaboram para a difusão dos hábitos de beber ou de fumar dos adolescentes, desde cedo, e que, no futuro, poderão levá-los a experimentar outras drogas.

Não há comerciais que deixem de ligar o fumar e o beber ao prazer, à juventude, ao belo e à vida saudável. São sempre dirigidos aos fumantes e bebedores de amanhã. Nunca apresentam o fumante e o alcoólico sofrendo com doenças que foram causadas pelos hábitos adquiridos em suas juventudes. Não citam a possibilidade dos adolescentes que bebem e fumam desde cedo virem a se tornar dependentes químicos.

A publicidade e a propaganda são responsáveis pelo desenvolvimento de um clima de aceitação geral a certas drogas, quer sejam utilizadas para fins terapêuticos, como vitaminas, analgésicos, xaropes, calmantes, quer sejam utilizadas para facilitar as relações sociais, melhorar o humor, e a descontração, como, por exemplo, o álcool e o fumo. A Organização Mundial da Saúde tem alertado todos os países quanto à divulgação indiscriminada de substâncias químicas pelos meios de mídia, fato que poderá levar a sociedade a resultados adversos, pois tende a camuflar a realidade, interferindo no desenvolvimento de uma vida equilibrada, saudável e natural.

Desse modo, de que adianta o Governo mostrar, na mesma televisão que divulga o vício, propagandas antidrogas? Na Europa, já há muito tempo, é proibido anunciar na T.V., no cinema, no rádio, em eventos públicos, na imprensa e em cartazes, álcool e cigarros. Somente são permitidas veiculações de comerciais de álcool e drogas lícitas após as 24 horas. Talvez no futuro, o Brasil também venha a adotar essa mesma política pública, hoje já em uso para o tabaco, e, a partir de então, possamos contar com a T.V., com o rádio e com a imprensa como aliados na luta pela prevenção ao uso de drogas em nosso país.

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